quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Virose: Gripe - Aviária

Introdução:
A gripe aviária, também conhecida como gripe do frango, é um tipo de gripe transmitida por aves. Apesar de ser chamada de gripe, ela está longe de ser como o tipo de gripe que estamos acostumados a lidar - do tipo que tomamos um remédio e os sintomas logo desaparecem. A gripe aviária pode causar problemas seríssimos de saúde, podendo levar até mesmo à morte.

Esta doença, em função de suas características, pode ser transmitida das aves para certas espécies de mamíferos como, por exemplo, o gato doméstico e até mesmo o ser humano. Até o momento, há poucos indícios de que a doença pode passar de humano para humano.

A doença surgiu inicialmente em 1997, quando uma epidemia de gripe se alastrou pela população de frangos de Hong Kong e um homem morreu após ser infectado pelo vírus transmissor da doença. Na época, cerca de um milhão e meio de aves foram mortas em Hong Kong para evitar a disseminação da doença. Praticamente todos os frangos de lá foram mortos. Mas, mesmo assim, surgiram novos casos da doença em 2003, na Coreia do Sul, onde também milhões de aves foram sacrificadas. Apesar dos esforços, a doença acometeu alguns criadores de frangos coreanos.

Hoje, a doença já bate na porta de cerca de 36 países ao redor do mundo (principalmente Ásia, África e Europa) e, apesar de só terem ocorrido cerca de 200 casos de gripe aviária em seres humanos, sua taxa de mortalidade é muito alta – mais de metade dos infectados morreram em decorrência da doença. O objetivo atualmente é controlar a incidência da gripe do frango e impedir uma pandemia da doença.

Causas:
A gripe aviária é causada por uma mutação do vírus Influenza A, transmissor da gripe, o H5N1. Outras variações do vírus, como H7N7, H7N9 e H9N2, também já infectaram humanos.
Transmissão

Todas as pessoas que contraíram a gripe aviária até agora estiveram em contato com aves doentes. Ainda não há nenhum caso de contágio entre humanos. Em 1999, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou uma escala com as fases de evolução do vírus causador da doença, com o objetivo de avaliar a chegada de uma pandemia. Por essa escala, que tem seis fases, a gripe aviária atualmente está na fase 3, em que o vírus presente em animais começa a infectar humanos também. Na última fase desta escala, a transmissão entre humanos acontece com muita facilidade, como foi o caso da gripe espanhola, por exemplo.

Sabe-se, também, que o vírus H5N1 é capaz de sobreviver no meio ambiente por longos períodos de tempo, de modo que a infecção pode ser transmitida por meio do simples contato com superfícies contaminadas. Além disso, as aves que são infectadas com a gripe podem continuar a transmitir o vírus pelas fezes e pela saliva por até dez anos.

Transmissão:
O maior fator de risco para gripe aviária é o contato com aves contaminas pelo vírus causador da doença ou com superfícies contaminadas por penas, fezes ou saliva das aves.

Até agora, a gripe já acometeu pessoas de todas as idades, mas a idade média de pessoas infectadas varia de acordo com o subtipo do vírus. As pessoas contaminadas pelo vírus H7N9, por exemplo, têm idade média de 62 anos, enquanto que a média de idade das pessoas infectadas pelo H5N1 é de apenas 26.

Da mesma forma, a gripe aviária afetou mais pessoas do sexo feminino do que do sexo masculino. No entanto, não há nenhuma evidência de que mulheres possam estar sob maior risco de contrair a doença.
As aves aquáticas são hospedeiras naturais deste tipo de vírus, porém não apresentando sintomas.
Formas de contaminação:
- contato direto com secreções de aves infectadas pelo influenza aviário H5N1;
- através do ar;
- água, comidas e roupas contaminadas 

Tratamento:
Não ha tratamento, quando diagnosticado o abate de todas aves e incineração dos corpos é o recomendado.
Este vírus também leva a morte rápida muitas espécies de aves. Muitos animais morrem vinte e quatro horas após o contágio inicial. Muitos produtores de frangos, gansos e patos podem perder toda a produção em poucos dias, caso as aves contaminadas não sejam sacrificadas. Em caso de uma epidemia de grandes proporções, os prejuízos comerciais e financeiros provocados por esta doença podem ser elevados, prejudicando, inclusive, a produção de carne de aves e ovos no mercado mundial.
O medo de que a doença possa sair do continente asiático, espalhando-se pelos quatro cantos do mundo é grande, pois o pato selvagem, hospedeiro natural da doença, pode espalhar o vírus durante a fase de migração. Esta espécie de pato é muito resistente à doença e dificilmente apresenta sintomas, fator que dificulta a localização das rotas de transmissão.

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